Para radiodifusores, migração do AM para FM significa crescimento e modernização

A migração das emissoras AM para a frequência FM significa crescimento, modernidade e competitividade. A avaliação é dos radiodifusores, que estiveram em Brasília nesta segunda-feira (7) para a assinatura dos termos de adaptação das outorgas. Mais de 240 rádios de todo o país serão beneficiadas pela migração, formalizada em cerimônia com o presidente Michel Temer e o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, no Palácio do Planalto.

A mudança de frequência permite às emissoras chegar com mais qualidade à casa dos espectadores e a sintonia em aparelhos móveis, como celulares e tablets. “A partir da entrada no ar na faixa FM, a gente tem o projeto de passar a transmitir 24 horas, o que não é feito hoje. Com a migração, a gente também vai precisar de funcionários em período integral”, afirma Rafael Zaiat, da Rádio Clube de Guaxupé (MG).

Já Milton Marques de Medeiros, da Rádio Princesa do Vale, em Açu (RN), diz que a mudança é uma oportunidade de transmitir notícias, entretenimento e debates a um público mais amplo. “A migração significa modernidade, crescimento e a atualização, e servir à cidade com mais opções. O modelo FM traz novos programas, novos formatos de apresentação. É uma maneira de levar crescimento à região e a todos nós”, relata.

A migração também ajuda a manter o trabalho de emissoras com mais de meio século de atividade, como a Rádio Maristela, de Torres (RS), que funciona desde 1957. O diretor-presidente da estação, dom Jaime Pedro Kohl, descreve os benefícios da nova frequência. “A mudança vem para qualificar a comunicação, levar qualidade à rádio das pessoas. Outro aspecto para nós é o aumento de abrangência. A migração também pode gerar novos empregos, já que há equipamentos novos, uma realidade nova, uma formatação nova que a rádio vai ter que dar para si mesma”, ressalta.

Com o crescimento urbano, o sinal da rádio AM sofre com diversas interferências, o que provocou perda de audiência e de faturamento para as emissoras que operam nesta frequência. “Dentro da cidade a proliferação de ruídos é muito forte. Antigamente, uma casa tinha 10 aparelhos eletrodomésticos, hoje tem 30. Também causa ruídos o sistema de fiação das companhias elétricas e de telefonia”, explica Oscar Luiz Piconez, da Rádio Luz, de Araçatuba (SP).

Próximos passos

Com a assinatura dos termos aditivos, as emissoras devem apresentar ao MCTIC o projeto técnico de instalação e solicitar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a autorização para uso de radiofrequência. Com a liberação, os veículos já podem começar a transmitir na nova faixa. O MCTIC continuará a análise dos pedidos de migração restantes e outras emissoras serão chamadas para assinar os termos aditivos conforme os processos forem concluídos.

Fonte: MCTIC

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Sobre o autor

Bruno Faria

Publicitário por formação, atua no setor de Marketing da Teletronix, uma empresa desde 1996 no mercado de radiodifusão, produzindo equipamentos para emissoras de rádio e TV.

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