No Brasil, usualmente temos dois tipos básicos de distribuição de energia em baixa tensão: o 220V trifásico e o 380V trifásico.
No caso do 220V trifásico, temos um fio neutro e três fases, a tensão entre fases é de 220V e de cada fase em relação ao neutro temos 127V – normalmente é usual dizer que temos três fases de 127V, sempre lembrando que é em relação ao neutro.
No caso do trifásico 380V, temos um fio neutro e três fases, a tensão entre fases é de 380V e de cada fase em relação ao neutro temos 220V.
Quando se trabalha com equipamentos trifásicos, fica fácil a definição da rede, pois ela será 220V trifásica (comumente dita três fases de 127V) ou 380V trifásica (comumente dita três fases de 220V). Quando um equipamento trabalha com apenas 220V, podemos ter duas opções de ligação: ter duas fases (que origina de um sistema 220V trifásico) que é chamada de 220V bifásico, pois se está utilizando duas fases; ou ter uma fase e o neutro (que se origina de um sistema 380V trifásico) que é chamado de 220V monofásico, pois se utiliza apenas uma fase. Sendo assim um equipamento que funciona com 220V, pode ser ligado em uma rede 220V bifásica ou numa rede 220V monofásica, sem nenhum prejuízo para seu funcionamento.
No caso de um equipamento ser alimentado com 380V trifásico, tem que se verificar como está sua distribuição interna de energia, pois em alguns casos todas as fontes do equipamento funcionam com 220V, neste caso em cada parte do equipamento vai chegar uma fase e o neutro (é o que chamamos de ligação em Y, onde se faz necessário a ligação do neutro). Tem que se tomar cuidado com lugares em que a rede 380V não tem neutro (ligação triângulo), pois nestes lugares só teremos a tensão de 380V (tensão entre duas fases), caso seja necessário a utilização de neutro neste caso, deverá ser colocado um estabilizador ou transformador para gerar o neutro e assim termos 220V.
Fonte: Marcos Reis