O aterramento de antenas externas, previsto na NBR 5419, é uma medida obrigatória para todo o tipo de construção de uso industrial, administrativo, comercial, agrícola ou residencial. Esse processo é importantíssimo para o sistema de proteção contra descargas atmosféricas, evitando acidentes com raios nas cidades e na zona rural.
As descargas elétricas são produzidas pelo atrito das partículas atmosferas e têm uma atração especial por objetos pontiagudos de materiais condutores de energia. Então, para evitar que elas danifiquem objetos ou causem acidentes, um sistema de aterramento conduz a corrente elétrica diretamente para o solo, onde é neutralizada.
Para entender mais sobre o assunto, acompanhe nosso post!
Qual a importância da NBR 5419?
Ela é uma regulamentação proposta pelo governo com base nas informações técnicas sobre o aterramento de estruturas com a finalidade de reduzir os prejuízos causados pelos raios.
Antes dela, não havia nenhuma padronização sobre o assunto e, desse modo, os sistemas eram construídos de forma inadequada ou eram simplesmente ignorados nos projetos de engenharia civil.
Ela se aplica a vários tipos de estruturas, como:
- chaminés de grande porte;
- armazenamento de gases e líquidos inflamáveis, inclusive caminhões-tanque (para evitar explosões);
- antenas externas;
- guindastes e gruas.
Então, todos os edifícios, residenciais ou não, devem ter um sistema de aterramento acoplado às antenas.
Quais tipos de aterramento a NBR 5419 contempla?
Essa norma não deve ser utilizada como referência para o aterramento de proteção de equipamentos elétricos ou eletrônicos. Assim, não deve ser usada para elaborar o “aterramento de rede elétrica”, que redireciona as descargas elétricas dos equipamentos para o solo por meio do fio-terra — que está no terceiro pino nas tomadas e nos fios verdes do chuveiro.
Ela contempla somente o aterramento de estruturas externas às construções, como é o caso das antenas. Isso geralmente é feito por um tipo específico de aterramento, o “para-raios”. Ele é o mais eficiente para as descargas que se originam da atmosfera em direção ao solo.
Nela, uma estrutura pontiaguda de material condutor, principalmente metais, é acoplada a um fio compatível com o tamanho das correntes geradas pelos raios.
Com isso, quando eles atingem a construção, o para-raios os atraem e o fio conduz diretamente para o solo, isolando a corrente no trajeto. Isso é suficiente para reduzir os acidentes e danos por raios.
Por isso, os para-raios não são adequados para as descargas que se originam do solo em direção à atmosfera (evento raríssimo) ou para o alto-mar.
Como escolher um bom aterramento?
Para que todo esse processo ocorra em segurança, é importantíssimo prestar atenção na qualidade dos sistemas de aterramento. O para-raios deve ter a altura de acordo com os parâmetros da NBR. Além disso, o tamanho do fio condutor e o material de encapamento devem ter a espessura correta para isolar a corrente.
Qual a importância disso para as antenas de transmissão de rádio e TV?
Os raios são um dos principais fatores de inutilização de equipamentos de transmissão. Quando atingem as antenas, transmitem a descarga para toda a rede elétrica conectada a ela, o que danifica estabilizadores de sinal, transmissores, monitores etc.
Como também têm estruturas pontiagudas em sua superfície, as antenas facilitam a ação dos raios. No entanto, o para-raios atrai as descargas elétricas, impedindo que elas atinjam as antenas e causem danos aos equipamentos.
Um para-raios adequado também é pré-requisito para conseguir indenizações por danos elétricos das concessionárias de energia.
Assim, se você não quer ter problemas com a NBR 5419, não deixe de instalar um bom sistema de aterramento de antenas na sua estação de rádio ou de TV. Isso previne danos e protege seus funcionários. E por falar em raios, eles surgem principalmente durante as chuvas, que podem comprometer a qualidade do seu sinal.
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