Quais são as normas da SBTVD para TVs digitais?

Você já ouviu falar no Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre, também conhecido como SBTVD? Pois, com o fim da era analógica nas TVs do Brasil, surgiu a necessidade de criar regras para a nova tecnologia.

O pontapé inicial da TV digital no país aconteceu em São Paulo, e a expectativa era de que a tecnologia fosse expandida por todo o território nacional em um período de 10 anos. Tudo começou em 2006, em um evento que reuniu políticos e empresários do ramo na capital paulista.

A seguir, vamos falar sobre o decreto e as normas que as emissoras precisam seguir para transmitir seus conteúdos! Quer saber mais? Então continue a leitura!

O que é a SBTVD?

decreto 5.820/06 foi criado em 2006 para estabelecer as diretrizes do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre. Neste documento, figuram informações a respeito da migração do analógico para o conteúdo digital das emissoras nacionais. Com isso, a população conquistou o direito de receber, em casa, de maneira gratuita, uma transmissão com maior qualidade.

A TV digital oferece imagens com definições melhores e sem chuviscos, com o som livre de ruídos externos. Contudo, para que a migração das transmissões do analógico acontecesse, era necessário determinar regras, por isso o SBTVD foi criado. As normas são baseadas na documentação do Japão, pioneiro na transmissão digital, que estabeleceu o ISDB-T (Integrated Systems Digital Broadcasting Terrestrial), em 2002.

Com base nos estudos realizados durante a confecção do decreto 5.820/06, se sentenciou que a migração dos sistemas aconteceria de forma escalonada, com finalização em 2018, quando 100% das transmissões estariam no formato digital em todo o país.

Na verdade, o padrão brasileiro referente à transmissão de imagens é baseado no modelo japonês. Esse tipo prioriza alguns elementos específicos, como a mobilidade, a portabilidade e a alta definição. Nesse sentido, as principais mudanças com relação à transmissão de TV se referem ao tipo de compressão dos arquivos (H264) e ao desenvolvimento de um sistema de interatividade especial, conhecido como Ginga.

Assim, a tecnologia de compressão de arquivos que o nosso país utiliza leva em consideração o modelo H264, uma vez que esse sistema tem a capacidade de enviar um maior volume de dados, se comparado com o padrão japonês, que utiliza o tipo MPEG2. A vantagem é que ele não aumenta o tamanho do arquivo. Esse modelo utiliza um conteúdo com maior qualidade.

Por sua vez, o Ginga é um programa de computador que foi desenvolvido com o objetivo de proporcionar maior interatividade com os indivíduos que são usuários da TV digital. Esse sistema é integrado ao sintonizador de TV e é conhecido como middleware, uma vez que apresenta uma camada intermediária do software, que fica localizada entre as aplicações tradicional e o sistema operacional.

Qual é a diferença entre a TV analógica e a TV digital?

A principal diferença entre a TV tradicional analógica e a TV digital está no tipo de transmissão. Nesse sentido, a TV analógica utiliza o sinal que é transmitido de maneira analógica, como o próprio nome sugere.

Por sua vez, a TV digital transmite o sinal de forma digital. Além disso, a imagem e o áudio apresentam uma ótima qualidade, bastante superiores ao tradicional modelo analógico de transmissão.

De fato, a transmissão na forma digital não causa nenhuma perda de qualidade na imagem ou no som, decorrentes do processo de captação e envio do sinal. Isso significa que todo o conteúdo é mantido 100% em sua originalidade, ou seja, não há a presença de ruídos no som nem de chuviscos na imagem, pois a recepção é feita sem nenhum tipo de interferência.

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Sobre o autor

Bruno Faria

Publicitário por formação, atua no setor de Marketing da Teletronix, uma empresa desde 1996 no mercado de radiodifusão, produzindo equipamentos para emissoras de rádio e TV.

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