Durante décadas, a TV analógica foi a única utilizada no Brasil e no mundo. Nos últimos anos, entretanto, novas tecnologias surgiram e teve início a transição para a TV digital.
O que nem todos os profissionais da área sabem, é que há diversas possibilidades que podem ser adotados pelos países — os chamados padrões de TV digital. Construídos a partir de tecnologias e necessidades diferentes, devem ser conhecidos para realizar uma boa escolha.
A seguir, veja quais são os padrões de TV digital e entenda suas principais características.
Padrão norte-americano
Conhecido como Advanced Television Systems Committee (ATSC), é o modelo que substitui a versão analógica chamada de NTSC.
O padrão é adotado por Estados Unidos, Canadá, México e Coreia do Sul e tem como principal foco a qualidade de imagem diferenciada. Por causa do elevado padrão, oferece uma transmissão mais eficiente e com experiência ampliada para os seus usuários.
Como foi o primeiro a ser desenvolvido, é considerado muito completo e funcional. Ao mesmo tempo, é o que mais peca quando se fala em mobilidade e, por isso, não é interessante para todos os países.
Padrão europeu
Entre os anos 80 e 90, a Europa sofria com a baixa disponibilidade de canais. A oferta era reduzida, principalmente, devido à grande quantidade de emissoras estatais.
Para lidar com a questão e diante dos avanços de tecnologia, o sistema Digital Video Broadcasting (DVB) foi criado a partir de 1998. Sua maior característica é a possibilidade de transmitir muitos canais em frequência equivalente. Por outro lado, há custos com royalties por aparelho digital e limitação pela frequência.
Atualmente, é adotado pela Europa e por países como Nova Zelândia, Austrália, Índia e Colômbia.
Padrão japonês
Considerado o mais moderno, a versão japonesa está entre os padrões de TV digital mais usados no mundo. Recebe o nome de Integrated Service Digital Broadcasting (ISDB) e é conhecido por utilizar tecnologias de acesso livre, o que favorece a economia em quantidade na adoção do sistema.
Desde o princípio, surgiu com atenção voltada para a mobilidade — ainda que na época de sua criação essa não fosse uma tendência tão forte. Por permitir que o espectador receba o sinal de onde estiver, é uma versão que se encaixa na necessidade de muitos países.
Padrão nipo-brasileiro
Apesar de o padrão japonês ser bem famoso, ele não é adotado de forma isolada. Na verdade, foi a partir da escolha do Brasil por essa versão que a popularização ganhou força.
Graças aos estudos de pesquisadores do Brasil, houve a adição da compressão H.264, o que criou o ISDB-Tb.
Adotado oficialmente pelo Brasil, ele também tem se tornado a escolha de quase toda a América do Sul. Países como Uruguai e Argentina já abriram mão do padrão europeu e têm utilizado a versão japonesa.
Por causa da economia aliada à qualidade, é uma alternativa ideal para países em desenvolvimento. Graças à adoção brasileira, transformou-se em uma referência no continente.
Os padrões de TV digital apresentam características diferentes e é essencial conhecê-los de maneira profunda. No Brasil, a versão nipo brasileira se destaca, então é ainda mais importante ter atenção redobrada com essa facilidade.
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