As equipes comerciais de rádios frequentemente enfrentam a dor de perder negociações com clientes que preferem investir em mídias digitais. Para muitos pequenos e médios empresários, o investimento online parece mais atraente devido à sua onipresença, custo mais baixo e retorno aparentemente garantido.
Porém, é crucial questionar essa visão comum. O cliente precisa definir seus objetivos: deseja apenas se juntar à massa ou realmente se destacar e consolidar sua presença no mercado? Se a segunda opção for escolhida, é importante destacar a necessidade de pensar de forma inovadora e sair da zona de conforto.
Embora a maioria dos brasileiros acesse a internet, é importante ressaltar que a experiência online varia consideravelmente de pessoa para pessoa. Ao contrário das mídias tradicionais como rádio e TV, a internet oferece uma experiência personalizada para cada usuário.
Durante as negociações, é comum ouvir argumentos baseados em experiências pessoais, como “ninguém mais ouve rádio” ou “todo mundo anuncia no Instagram”. Nesse momento, é crucial se posicionar como especialista em mídia e desafiar essas percepções baseadas em suposições.
O trabalho de conscientização do cliente deve ser contínuo, enfatizando a importância de ocupar espaços além da bolha online e alcançar públicos diversos. Em contextos regionais, o rádio é especialmente eficaz para transmitir essa mensagem.
Um exercício útil para o cliente é analisar o mercado em que atua. As marcas líderes geralmente têm presença consistente não apenas nas redes sociais, mas também em mídias locais como rádio, além de ações direcionadas. Por outro lado, as marcas menos estabelecidas tendem a investir em influenciadores e destacar seus baixos gastos com marketing.
Se o objetivo é ser uma referência no segmento, é necessário transcender a bolha e alcançar um público mais amplo. Nesse sentido, o rádio se destaca por sua credibilidade e influência, indo além das redes sociais.
Colunista: Marina Alves – Especialista em Branding e Marketing Estratégico